A Doença de Parkinson é uma doença progressiva e incurável. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a doença.
Pode ocorrer mais precocemente a partir de 30-40 anos de idade, normalmente ligada a fator hereditário. É caracterizada basicamente por tremor de repouso, instabilidade postural, rigidez e lentidão nos movimentos.
Há também outros sintomas não motores, como a diminuição do olfato, distúrbios do sono, alteração do ritmo intestinal e depressão. O tratamento consiste na realização de fisioterapia, terapia ocupacional e tratamento medicamentoso.
Sabe-se que após alguns anos, à medida que a doença progride, esse tratamento começa a falhar. A necessidade de aumento progressivo das doses da medicação e a redução do seu intervalo de administração começam a provocar efeitos colaterais graves.
O paciente vai apresentar flutuações clínicas relacionados à ação inconstante dos medicamentos. Começara a intercalar períodos de completa imobilidade, com períodos de movimentos espontâneos e involuntários.
Essa flutuação dos sintomas causam a completa incapacidade funcional para o trabalho e limitam o convívio social. Nesse estágio a única solução é atuar diretamente nos núcleos cerebrais que modulam os movimentos do corpo.
Existem duas técnicas de atuar diretamente nesses núcleos cerebrais, a lesão ou a estimulação. Na estimulação, um aparelho tipo marcapasso, com um gerador, implantado no subcutâneo do paciente, irá emitir impulsos elétricos
para o cérebro através de eletrodos implantados nos núcleos cerebrais. A estimulação tem a vantagem, em relação a lesão, de poder ser regulado para menos ou mais de acordo com a necessidade do paciente.
A estimulação dos núcleos centrais do cérebro permite uma importante redução das flutuações clínicas, dos efeitos colaterais e, dependendo do foco de estimulação, a redução das medicações.
O projeto tem como objetivos principais:
1) promover esclarecimentos ao paciente e à família sobre a doença de Parkinson e sua evolução.
2) auxiliar na formação de neurologistas especializados no tratamento da doença de Parkinson;
3) orientar sobre a necessidade de reajuste de doses medicamentosas;
4) realizar o implante de estimulação cerebral profunda, quando indicado;
5) acompanhar ambulatorialmente para ajustes na estimulação cerebral após o implante e;
6) dar suporte ao desenvolvimento de projetos de pesquisa nessa área.
Palavas-chave: Doença de Parkinson; Estimulação cerebral profunda; Tratamento cirúrgico; Empreendedorismo
Unidade Acadêmica: Faculdade de Ciências Médicas
Pesquisador Responsável: Flávio Nigri
Contato: (21) 96898-2605